sexta-feira, 24 de julho de 2009

MacGAIVA

Algegunda andava desconfiada do seu namorado. A pessoa dele não é assim um... um Brastemp de inteligência. Bonitão até, mas limitado intelectualmente.

Ele gostava dela até, mas tinha uma piriguete dos infernos dando em cima dele. Pronto, Algegunda já sentia despontar em cada lado de sua testa dúvidas... dúvidas cruéis.

Um dia estou eu em casa com as quatro patas pra cima e ela me liga agoniada pedindo para eu ir urgente pra casa dela. Não quis dizer o que era, eu preocupada fui. Quando sento no sofá a maluca pega em minhas mãos e dispara: “ É hoje, é hoje que vamos pegar o Clovisvaldo no flagra!” - Mal acabou de falar foi me entregando um óculos escuro mais feio que a peste e uma peruca toda véia e embaraçada. Os apetrechos dela eram mais feios ainda! Onde porra ela comprou ou roubou aquilo?? A peruca fedia meu povo! E eu me arrombei, por amizade ia ter que me prestar a usar aquilo: iríamos seguir o Clovisvaldo.

Nos disfarçamos (eu fiquei uma burra de lavagem!) e fomos de carro pro trabalho dele, que fica no centro da cidade. Deixamos a janela do carro aberta. Rimos muito o caminho todo. Eu ainda pintei um dente de preto pra sacanear com ela! Até aí tudo bem. Deixamos o carro num estacionamento e esperamos ele sair do trabalho. Cadê coragem para descer do carro? Mas... mulher desconfiada é pior que o cão, ela desceu e me puxou de maneira tããão delicada que tive que ir pra não perder uma das patas.

Quem é daqui sabe que belezura é a Estação da Lapa (maior estação de buzú de Soterópolis) . Na hora que a pobraiada sai toda junta pra pegar o buzão de volta pra casa, é mais linda ainda. Estávamos lá porque Clovis estava sem carro aquele dia e teria que ir pra estação pra voltar pra casa deles.

[música de fundo: tema do MacGyver] Tcharam!! Lá estávamos nós duas, no meio daquela bicharada toda, desviando de vendedores ambulantes, pulando poças de mijo do dia anterior, nos esquivando pelas pilastras fétidas dos abrigos dos ônibus, e isso tudo sem perder o Clovisvaldo de vista! Paramos um pouco distante dele, esperamos ele entrar no buzu e entramos depois de todo mundo, digo TODO mundo, porque a estação toda queria ir naquela miséria de ônibus.

Ficamos no fundão daquele container mal cheiroso, apertadinhas, uma de frente pra outra e Clovis bem mais adiante. A um dado momento a Algegunda começa a rir muito olhando pra minha cara. Eu pensei que ela tinha caído na real da situação ridícula pela qual a gente passava, mas não, infelizmente não era isso. Minha amiga querida queria levantar o braço para me apontar algo, mas faltava espaço. Mandei a monga falar que porra era afinal e quando conseguiu parar de rir me perguntou se eu tinha cagado pelo nariz... !!! Pôrra! Tinha colocado Vic dentro do nariz (adoro o cheiro da canfora) para não ficar sentindo o fedor da peruca e a merda estava escorrendo por causa do calor da buzaca.

Como o Clovis estava mais pra frente tivemos que fazer escândalo para conseguir descer no mesmo ponto que ele, depois de ele ter saltado. Para foder com nossa missão ele desceu no ponto de casa, coisa que desconfiamos pela linha que estávamos. Mas tudo bem... tínhamos que ter certeza. A gente teve que fazer o caminho de volta pra estação para pegar o carro. A missão estava cumprida. E na volta ainda tomamos uma para relaxar e elocubrar sobre nossa insanidade.

Eles fizeram oito anos de casados esses tempos. Até hoje ele acha que ela chegou tarde em casa aquele dia porque bebemos demais e estávamos dando um tempo no bar.

Himm homm.

7 comentários:

Unknown disse...

Hahahahahah
Estas estórias são muito hilárias!
Bem..não entendí teu comentário ( burra eu..hahahaha)
"*ah, é melhor ser uma metamorfose ambulante do que viver olhando insatisfeita prum lay que é SEU!"
Humm???
Hahahahahaha
Beijo

Faxina

george araújo disse...

miséria, viu!?
aff!

ker ser minha amiga?
tô precisando d uma assim...topa tudo!
hahahahahaha



beijos
>>

Dani (ela) disse...

amiguépressascoisas!

Dexter disse...

Que papelão da porra!
Pelo menos ficou um história engraçada pra posteridade.

Bjs!

Scheila Moura disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.. só tem doido nesse mundo! o nome do blog deveria ser as burras e doidas tbm blogam!

Xero

Jéssica Souza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jéssica Souza disse...

Pode até ser que ele não tenha ido encontrar a piriguete naquele dia, mas quem sabe se não foi nos outros?
Casamento é tragédia, querida!rs
Beijos